A Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) determinou a expulsão de 18 estudantes envolvidos em um esquema de hackeamento de arquivo e venda de uma prova do curso de Medicina. A decisão foi tomada após a conclusão de um processo disciplinar que apontou irregularidades graves na conduta dos alunos, incluindo invasão de sistema e desrespeito à moralidade acadêmica. Além disso, recomendações indicam o envio do caso ao Ministério Público Federal para possível abertura de ação penal contra os envolvidos.
A investigação revelou que dois alunos hackearam o drive da disciplina de Anatomia e Fisiopatologia, sem autorização dos professores responsáveis, e venderam a prova final a outros 16 estudantes. A comissão disciplinar considerou que todos os envolvidos cometeram atos de improbidade moral, violando princípios éticos e normativos da instituição. A reitoria da universidade seguiu a recomendação de aplicar a expulsão a todos os participantes, reforçando a gravidade dos atos.
Decisões administrativas determinaram que as punições, incluindo a suspensão de 90 dias para alguns estudantes, sejam cumpridas durante o período letivo, e que os registros de desligamento e suspensão já tenham sido efetuados no sistema acadêmico. Os estudantes receberam notificação oficial sobre as punições e podem recorrer ao Conselho Universitário contra as decisões.
A Ufes enfatizou que o procedimento seguiu todos os trâmites legais, garantindo o direito de defesa aos estudantes durante o processo. A instituição reafirmou seu compromisso com a probidade, reforçando que qualquer violação às normas será apurada e punida de acordo com a legislação e o regimento interno.