A Suzano deu início à fase de testes de sua nova fábrica de papel tissue em Aracruz (ES), concluída após um investimento de R$ 650 milhões. As obras, iniciadas em 2024, integram a estratégia de verticalização da companhia, que amplia sua atuação da produção de celulose até o produto final – como papel higiênico.
Atualmente, a empresa está comissionando a máquina de papel a quente utilizando celulose. O processo ainda está em fase de ajustes, segundo a Suzano.
Com capacidade para produzir até 60 mil toneladas de papel tissue por ano, a nova unidade converterá metade desse volume (30 mil toneladas) em papéis higiênicos das marcas Mimmo, Max Pure e Neve, destinados aos mercados das regiões Sudeste, Sul e parte do Centro-Oeste.
Inicialmente, a previsão era iniciar as operações no primeiro trimestre de 2026. No entanto, com o avanço das obras, a expectativa agora é antecipar o início da produção ainda para 2025. A planta deve gerar cerca de 200 empregos diretos na fase operacional, além dos 300 postos criados durante a construção.
Esta é a segunda fábrica de tissue da Suzano no Espírito Santo – a primeira foi inaugurada em 2022, em Cachoeiro de Itapemirim.
Receita cresce 16% no 2º trimestre
Entre abril e junho de 2025, a Suzano registrou uma receita líquida de R$ 13,3 bilhões, alta de 16% em relação ao mesmo período do ano anterior. Foram vendidas 3,7 milhões de toneladas de celulose e papéis, um crescimento de 28% em comparação ao segundo trimestre de 2024.
O resultado positivo é atribuído, em grande parte, à fábrica de celulose de Ribas do Rio Pardo (MS), que entrou em operação em julho de 2024.
“Estamos completando o primeiro ano de operação da nova unidade em Ribas do Rio Pardo, que já vem contribuindo para aumentar nossa competitividade em custos. Ao mesmo tempo, seguimos focados em nossa estratégia de crescimento sustentável, com destaque para a nova joint venture com a Kimberly-Clark”, afirmou o presidente da companhia, Beto Abreu.
Segundo ele, a Suzano continuará trabalhando de forma disciplinada para explorar o potencial econômico da parceria e ampliar sua competitividade nos próximos anos.