O Sistema Fecomércio-ES, alinhado à Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), manifestou preocupação com a recente decisão do governo federal de elevar a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A medida, que passou a aplicar uma taxa fixa de 3,5% sobre operações com cartões internacionais, câmbio e pré-pagos, aumenta significativamente o custo do crédito e encarece o consumo de brasileiros em produtos e serviços internacionais. Segundo o setor, a mudança pode frear a recuperação econômica e aprofundar a deterioração do ambiente de negócios no país.
De acordo com a CNC, o impacto dessa elevação deve gerar um aumento de R$ 19,5 bilhões nos custos das empresas neste ano, chegando a R$ 39 bilhões em 2026. Além de dificultar o acesso ao crédito para consumidores e empresas, a medida prejudica operações de câmbio e importação de insumos essenciais para setores produtivos, como indústria e comércio. O aumento do IOF também eleva a carga tributária sobre empréstimos para empresas em mais de 110% ao ano, agravando o cenário de dificuldades enfrentado pelo setor privado.
Para o Sistema Fecomércio-ES, a estratégia de elevar impostos para equilibrar as contas públicas não é a solução mais eficiente. A entidade defende que a prioridade deve ser a adoção de reformas estruturais, como a tributária e a administrativa, que promovam uma gestão pública mais eficiente, combate ao desperdício e à sonegação fiscal. Segundo o setor, a arrecadação sustentável deve estar vinculada ao crescimento econômico, e não à oneração excessiva de quem produz, consome e investe no país.
A entidade reforça ainda que o ambiente de negócios deve ser estimulante para a geração de emprego e renda, e não penalizador. Para isso, é fundamental promover políticas que incentivem a atividade econômica, ampliando a competitividade das empresas e fortalecendo a economia brasileira de forma sustentável.