O setor de rochas ornamentais do Espírito Santo, após conseguir isentar o quartzito de uma sobretaxa de 40% imposta pelos Estados Unidos, agora negocia para que mármore e granito também sejam excluídos da medida. Representantes da Associação Brasileira de Rochas Naturais (Centrorochas) se reuniram na Embaixada do Brasil em Washington para formalizar o pedido junto a importantes entidades do setor de construção americano.
Em uma ação conjunta, a Centrorochas, a National Association of Home Builders (NAHB) e o Natural Stone Institute (NSI) assinaram uma carta reforçando a importância dos materiais brasileiros para a indústria americana. O quartzito, já isento, corresponde a metade dos 80% das chapas que o Espírito Santo exporta para os EUA, mas a preocupação com os demais produtos mobiliza o setor.
A imposição das tarifas chegou a paralisar cerca de 1.200 contêineres em portos capixabas, aguardando uma definição. Segundo a Centrorochas, a sobretaxa não afeta apenas o Brasil, mas também o mercado de construção dos EUA, ameaçando mais de 200 mil empregos locais e aumentando os custos. A NAHB estima que a medida pode encarecer o valor de uma casa nova em mais de US$ 10 mil.
Com a isenção parcial, os embarques de quartzito foram retomados, mas a mobilização continua para garantir a competitividade do mármore, granito e ardósia. O setor argumenta que esses materiais não possuem substitutos viáveis na produção doméstica americana, e a continuidade das taxas pode desorganizar as cadeias de suprimento e elevar ainda mais os custos de moradia no país.
