Pix automático estreia nesta segunda-feira (16) para simplificar pagamentos recorrentes

Nesta segunda-feira (16), entrou em vigor o Pix Automático, uma nova funcionalidade que promete revolucionar os pagamentos recorrentes no Brasil, substituindo o tradicional débito automático e os boletos. A ferramenta permite que clientes autorizem, de uma única vez, cobranças periódicas de empresas e prestadores de serviços, como contas de consumo, mensalidades escolares e assinaturas. A novidade, que já estava em fase de testes no Banco do Brasil, agora se expande para a maioria das instituições financeiras, com a expectativa do Banco Central de beneficiar até 60 milhões de brasileiros que não possuem cartão de crédito.

O funcionamento é simples e centrado no controle do usuário. A empresa envia uma proposta de cobrança e o cliente, por meio do aplicativo de seu banco, acessa a opção “Pix Automático” para revisar e aceitar os termos. É possível definir a periodicidade, o valor (que pode ser fixo ou variável) e um limite máximo para cada transação. Uma vez autorizado, o sistema realiza os débitos automaticamente, 24 horas por dia, sete dias por semana, oferecendo ao consumidor a flexibilidade de cancelar ou ajustar as condições a qualquer momento.

Para o setor empresarial, especialmente para micro e pequenos negócios e Microempreendedores Individuais (MEIs), o Pix Automático representa um avanço significativo. Antes, o débito automático exigia complexos convênios com múltiplos bancos, uma barreira que restringia o serviço a grandes companhias. Agora, basta que a empresa solicite a adesão ao seu banco para simplificar o processo de cobrança, diferenciando-se do Pix agendado recorrente, que exigia a digitação manual de dados pelo pagador e estava mais sujeito a erros.

Ciente dos riscos de segurança, como a criação de empresas falsas para aplicar golpes, o Banco Central estabeleceu regras rígidas para a adesão das empresas. As instituições financeiras deverão realizar uma análise criteriosa dos solicitantes, verificando informações como CNPJ, dados dos sócios, compatibilidade da atividade econômica e histórico de relacionamento. Uma das principais medidas de segurança é a exigência de que apenas empresas com mais de seis meses de atividade possam oferecer a nova modalidade de pagamento, buscando garantir um ambiente mais seguro para os consumidores.