Navio-plataforma Cidade de Vitória é interditado na costa de Aracruz por risco de explosão

Foto: FPSO Cidade Vitória - Petrobras

A Agência Nacional do Petróleo (ANP) interditou o navio-plataforma Cidade de Vitória, que está no campo de Golfinho, localizado em águas profundas, na bacia do ES, distante 50 km das praias do município de Aracruz.

De acordo com a agência, o navio foi interditado no dia 6 de junho. Até o momento, a unidade continua impedida de funcionar pois não enviou atualizações necessárias de seu panorama estrutural, que comprovam um funcionamento seguro.

A última fiscalização da ANP foi realizada a bordo da FPSO Cidade de Vitória entre 30 de maio e 3 de junho deste ano.

“Ressaltamos que, no caso de instalação interditada, as operações somente poderão ser iniciadas após a desinterdição e manifestação favorável da ANP, que poderá determinar inclusive outras condicionantes para o início da operação segura”, completa a nota.

Entre as irregularidades encontradas na fiscalização e apontadas pela Agência Nacional de Petróleo estão vazamento de gás, risco de explosão, funcionamento inadequado de detectores de segurança, população a bordo acima do previsto e vazamento nas tubulações de combate a incêndio.

O navio-plataforma segue afretado à Petrobrás, mas sob operação da empresa Saipem, que recentemente teria vendido o FPSO por US$ 73 milhões para a empresa BW. Em nota, a estatal disse que durante a auditoria optou por parar preventivamente a produção no navio-plataforma para a conclusão das atividades de manutenção, antes da emissão do relatório final do órgão regulador.

De acordo com a Petrobras, a embarcação possui capacidade de produzir 4.500 m³/dia de óleo e 3.500.000 Nm³/dia de gás (dados referentes a 2020). A capacidade de armazenamento de óleo da instalação é de 298.906,1 m³.

O gás excedente àquele utilizado na própria FPSO é exportado via gasoduto, sendo a capacidade instalada de compressão de gás para exportação de 3.500.000 Nm³/dia.

A Petrobras calcula que, com a paralisação das atividades, a embarcação deixe de produzir uma média de 10 mil barris de petróleo por dia. A estatal informou ainda que a previsão é de que a produção retorne até o final do ano.

Fonte: Folha Vitória