Sebastião Salgado, renomado fotógrafo brasileiro nascido em Aimorés, Minas Gerais, em 8 de fevereiro de 1944, faleceu aos 81 anos em Paris. Ele enfrentava problemas decorrentes de uma malária que adquiriu nos anos 1990. Conhecido por retratar com sensibilidade e profundidade as condições sociais e humanas ao redor do mundo, Salgado deixou um legado inestimável na história da fotografia e no fotojornalismo. Sua morte representa uma grande perda para a arte e o ativismo global, já que suas obras sempre foram marcadas por um compromisso com os direitos humanos e a defesa dos mais vulneráveis.
Ao longo de sua vida, Sebastião enfrentou desafios em razão das condições extremas nas quais muitas vezes mergulhou para capturar imagens impactantes. Suas viagens o levaram a zonas de conflito, campos de refugiados e comunidades marginalizadas, onde ele registrou histórias de resistência e sofrimento humano. Embora tenha enfrentado momentos difíceis devido à exposição a doenças e ambientes hostis, Salgado manteve-se firme em seu propósito de documentar a realidade com dignidade e respeito.
Formado inicialmente em economia, Salgado abandonou essa trajetória profissional para se dedicar exclusivamente à fotografia nos anos 1970, quando se mudou para Paris. Lá, começou a trabalhar como fotógrafo freelance e logo se destacou por sua visão artística única e pela narrativa poderosa de suas imagens. Ele colaborou com importantes agências e publicações internacionais, tornando-se uma figura central no fotojornalismo contemporâneo.
Entre suas obras mais conhecidas estão projetos como “Outras Américas”, “Sahel: O Fim do Mundo”, “Trabalho” e “Gênesis”, esta última dedicada à preservação de paisagens naturais e culturas indígenas pouco afetadas pelo desenvolvimento moderno. Sua contribuição não apenas influenciou gerações de fotógrafos, mas também serviu como um apelo constante à reflexão sobre a condição humana e a responsabilidade coletiva frente às injustiças sociais.