Macaco Bugio tem filhote após ser acolhido no Cereias em Aracruz

O trabalho de quem resgata ou acolhe animais é árduo e contínuo, mas muitas vezes tem desfechos felizes. É o que comprova a história de um casal de macacos da espécie bugio, ameaçada de extinção, que acaba de ter um filhote.

Depois de terem sido acolhidos no Centro de Reintrodução de Animais Selvagens (Cereias), em Aracruz, e depois de reabilitados e liberados para viver em área de vegetação nativa em propriedade próxima, pertencente à Suzano, eles reapareceram recentemente acompanhados de um filhote.

O Cereias é uma instituição mantida com o apoio de algumas empresas, principalmente a Suzano, que cede a área, as instalações e contribui com recursos para o seu funcionamento. O Centro apoia atividades de conservação da biodiversidade e o combate ao tráfico de animais. É para lá que geralmente são levados animais apreendidos em operações de combate ao tráfico ou animais feridos.

A princípio, apenas a macaca vivia no local e, depois de reabilitada, foi solta em 2018 no pomar do terreno que abriga o Cereias. Ela havia sido recolhida pela Polícia Ambiental e entregue ao Centro para cuidados. No ano seguinte, a fêmea ganhou a companhia de quem viria a ser o futuro companheiro. Ambos foram soltos em área próxima às instalações do Cereias e, nos últimos dias, as equipes do local observaram que a família havia crescido. “Na semana passada observamos que, entre os dois, agarrado às costas da fêmea, havia um filhotinho”, conta José da Penha Rodrigues, presidente e responsável técnico do Cereias.

A notícia foi recebida com entusiasmo também na Suzano, empresa que atua na manutenção do local desde que ele existe. “O Cereias existe há quase 30 anos e o trabalho desenvolvido é fundamental para a conservação da biodiversidade e a recuperação de animais que sofrem algum tipo de ferimento ou maus-tratos. Ali eles são reabilitados e muitos podem voltar à natureza, e até se reproduzir, como fez o casal de bugios”, salienta Diomar Biasutti, coordenador de Meio Ambiente Florestal da Suzano.

A reprodução da espécie é importantíssima, principalmente considerando que em 2017, após um surto de febre amarela, a população de macacos do Espírito Santo caiu pela metade, de acordo com pesquisa feita pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Mais de 1.300 animais teriam morrido em decorrência da doença e a espécie dos barbados, ou bugio, foi a que mais sofreu. Estudiosos acreditam que serão necessários 30 anos para recuperar a população desse animal.

Pelo risco de extinção da espécie, o nascimento desse novo integrante na família primata está sendo especialmente celebrado. A instituição e a Suzano também comemoram por se tratar do ‘fruto’ de dois animais acolhidos e tratados no Cereias até serem soltos na natureza. Eles encontraram em áreas da Suzano condições propícias para se reproduzirem.

Rodrigues conta que o Cereias, que tem um termo de cooperação com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), hoje abriga mais de 600 animais e tem capacidade para receber até 2 mil por mês. “Recebemos animais apreendidos ou resgatados não só do Espírito Santo, mas de outros estados como Bahia, Rio de Janeiro e Santa Catarina, entre outros. São aproximadamente 70 viveiros que alocam diferentes espécies, predominantemente aves, mas também mamíferos e répteis”, afirma ele.

Sobre o Cereias

O Cereias fica localizado em uma área de 11,5 hectares, em Barra do Riacho, Aracruz, cedida em comodato pela Suzano, que também é uma das suas mantenedoras.

Foi fundado em 1993, com a finalidade de reintroduzir em seu hábitat os animais apreendidos pelos órgãos de fiscalização ou entregues por particulares, e qualificado pelo Ministério da Justiça como OSCIP – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, uma entidade privada sem fins lucrativos, que sobrevive a partir de doações e subvenções.

Além da Suzano, contribuem com a manutenção do Cereias a Evonik, Imetame, Fortes, Komatsu, Estel e Oriundi. A instituição também recebe doações da Frutas Solo, Interfruit, Caliman Agrícola e ICMBio.

Sobre a Suzano

A Suzano é referência global no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras, de origem renovável, e tem como propósito renovar a vida a partir da árvore. Maior fabricante de celulose de eucalipto do mundo e uma das maiores produtoras de papéis da América Latina, atende mais de 2 bilhões de pessoas a partir de 11 fábricas em operação no Brasil, além da joint operation Veracel.

Com 98 anos de história e uma capacidade instalada de 10,9 milhões de toneladas de celulose de mercado e 1,4 milhão de toneladas de papéis por ano, exporta para mais de 100 países. Tem sua atuação pautada na Inovabilidade – Inovação a serviço da Sustentabilidade – e nos mais elevados níveis de práticas socioambientais e de Governança Corporativa, com ações negociadas nas bolsas do Brasil e dos Estados Unidos. Para mais informações, acesse: www.suzano.com.br.