O agronegócio brasileiro recebeu notícias contrastantes dos seus dois maiores parceiros comerciais nesta semana. Enquanto a China anunciou a eliminação das tarifas de importação sobre o café do Brasil por um período de cinco anos, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem executiva que estabelece uma nova tarifa de 50% sobre o mesmo produto.
A medida chinesa visa fortalecer os laços comerciais e pode impulsionar as exportações brasileiras para um mercado em franca expansão. Embora os volumes atuais de café enviados à China sejam modestos, acordos recentes com a gigante local Luckin Coffee, que planeja comprar 240 mil toneladas do Brasil até 2029, apontam para um crescimento exponencial.
Além da abertura para o café, a Administração Aduaneira Geral da China habilitou 76 novas empresas brasileiras para exportação. A lista inclui 30 companhias de gergelim e outras 46 de farinhas de aves e suínos, ampliando ainda mais a pauta de produtos agrícolas vendidos pelo Brasil ao país asiático.
A decisão chinesa ocorre em um momento de tensão comercial com os EUA. Em resposta às ameaças tarifárias americanas, um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China declarou que o país está disposto a trabalhar com o Brasil e outras nações do BRICS para defender o sistema multilateral de comércio e a justiça internacional.