Esquema de bebidas alcoólicas adulteradas era investigado há três meses no Espírito Santo

A Polícia Civil informou que vinha investigando desde julho um esquema de comercialização de bebidas alcoólicas adulteradas por meio das redes sociais no Espírito Santo. Na quinta-feira (02), o responsável por um depósito de bebidas foi preso no bairro Aquidaban, em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Estado, suspeito de vender os produtos falsificados.

Segundo a investigação, o homem comprava uísques, gins e vodcas de um fornecedor em São Paulo e os revendia com rótulos de marcas conhecidas a preços abaixo do valor de mercado.

A investigação teve início após denúncias da Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe), que indicaram a venda desses produtos adulterados em redes sociais para pessoas e bares do Sul capixaba.

Durante a prisão, o suspeito confessou que adquiria as bebidas sem nota fiscal, mesmo sabendo da possível origem ilícita. Ele disse que comercializava, em média, 19 caixas por semana — cada caixa contendo 12 garrafas — para consumidores e estabelecimentos da região. Os rótulos remetiam a marcas reconhecidas no mercado, estratégia que atraía compradores.

Investigação e ação policial

A operação, denominada “Bebida Amarga”, monitorou durante meses as compras feitas pelo suspeito, o que permitiu identificar sua residência e o depósito onde os produtos eram armazenados.

No local, peritos da Polícia Científica e um especialista da Abrabe constataram a falsificação de várias garrafas de marcas conhecidas. Exames iniciais, incluindo cromatografia, confirmaram que os produtos estavam adulterados — colocando em risco a saúde de quem consumisse.

Na casa do suspeito, também foram apreendidos dinheiro, celulares, equipamentos eletrônicos, adesivos da distribuidora clandestina e uma máquina de cartão.

O homem foi levado à Delegacia Regional de Cachoeiro de Itapemirim e autuado em flagrante pelo crime de falsificação de produtos destinados ao consumo humano, cuja pena prevista é de 4 a 8 anos de reclusão. Em seguida, foi encaminhado ao Centro de Detenção Provisória local (CDPCI).