A Imetame Metalmecânica, empresa que integra o grupo Imetame, realizou no dia 28 de agosto a primeira operação da história do porto.
A movimentação marca um passo importante na atuação da empresa no segmento “subsea”, ligado à indústria de óleo e gás.
A operação foi feita por meio da balsa CB São Tomé, com 75 metros de comprimento, que transportou o equipamento até a Bacia de Campos (RJ), onde ele seria instalado.
Para essa movimentação ocorrer, foi necessário obter uma autorização especial junto aos órgãos reguladores.
O equipamento, projetado para operação no fundo do mar, foi fabricado pela própria Imetame Metalmecânica e embarcado diretamente na balsa.
Esse tipo de solução logística foi a proposta inicial do porto de Aracruz, idealizado em 2009. No entanto, após a crise do petróleo em 2015, o projeto precisou ser reformulado.
Hoje, o Porto da Imetame adota um perfil multipropósito, com a intenção de atrair cargas de diversos setores da economia.
A meta é estabelecer rotas internacionais e aumentar a competitividade do Espírito Santo no comércio exterior.
A localização estratégica do porto é um diferencial: permite o acesso tanto a produtores do Centro-Oeste quanto a consumidores do Sudeste.
Com profundidade próxima a 18 metros, o canal pode receber navios de grande porte, o que favorece ganhos em escala e reduz as emissões por tonelada transportada.
Apesar de ainda não estar homologado, o embarque realizado simboliza a transição para a fase final das obras.
Como andam as obras do porto
O quebra-mar principal já recebeu as rochas e agora está na etapa de coroamento, que serve para reforçar a proteção das operações futuras.
A dragagem também segue em andamento, utilizando duas tecnologias diferentes para aumentar o calado da bacia principal.
Mais de três milhões de metros cúbicos já foram dragados com escavadeiras especiais.
Há cerca de um ano, os trabalhos passaram a contar também com uma draga do tipo “hopper”, que funciona como um aspirador subaquático, acelerando o cronograma de preparação do canal.
O píer de contêineres já possui 400 metros concluídos, com os sistemas de defesa instalados.
Estão previstos mais 600 metros de expansão, além da construção de um segundo píer voltado para cargas gerais.
Também há planos para terminais de grãos, cuja operação dependerá de melhorias na infraestrutura logística da região.