Com a chegada do período mais propício à proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya, o Governo do Espírito Santo intensifica os alertas para que a população adote medidas de prevenção.
A partir de setembro tem início a chamada fase de sazonalidade dessas doenças, que tende a se agravar entre outubro e novembro, quando o clima quente e o aumento das chuvas favorecem o aparecimento do mosquito.
De acordo com o subsecretário de Vigilância em Saúde, Orlei Cardoso, ações antecipadas de prevenção são fundamentais para evitar surtos.
“Com atitudes simples e diárias, como eliminar focos de água parada, é possível reduzir significativamente os criadouros do mosquito e, consequentemente, os riscos de transmissão”, explicou.
Apesar de casos ocorrerem durante todo o ano, os números aumentam nesse período específico. Atualmente, estima-se que 80% dos focos do mosquito estejam dentro das residências.
Até a 34ª semana epidemiológica de 2025 (encerrada em 23 de agosto), o estado registrou 31.367 casos prováveis de dengue, sendo 24.899 confirmados e um óbito.
No mesmo período de 2024, foram mais de 134 mil casos prováveis, com 41 mortes confirmadas.
O número de casos graves também apresentou queda expressiva: foram 563 registros em 2025, contra 2.386 no mesmo período de 2024 — uma redução de 76%.
Os sintomas mais preocupantes incluem dor abdominal forte, vômitos constantes, sangramentos, sonolência, fadiga e pressão arterial baixa.
Cardoso destacou ainda que o combate às arboviroses exige uma atuação conjunta entre sociedade civil e poder público.
Desde fevereiro, o estado conta com o Centro Integrado de Comando e Controle das Arboviroses, que coordena ações rápidas e integradas entre os municípios, o estado e o Ministério da Saúde.