Uma advogada que era considerada foragida da Justiça foi presa em um sítio na zona rural de Nova Venécia, no Noroeste do Espírito Santo. Identificada como Josileide Neiman Sales, ela é acusada de participar de um assalto milionário a um apartamento em Vila Velha e de integrar uma complexa organização criminosa com atuação na Grande Vitória e em presídios do estado.
A prisão foi resultado de uma operação conjunta entre a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco-ES) e a inteligência da Polícia Militar. Josileide já era investigada no âmbito da Operação Selati, que apurou o envolvimento do grupo em crimes como tráfico de drogas, comércio ilegal de armas, lavagem de dinheiro e o uso de segurança privada clandestina armada nas cidades de Viana e Cariacica.
As investigações revelaram que a advogada, juntamente com outros familiares, atuava como intermediária para o principal líder da facção, que está preso. O grupo repassava ordens e administrava os bens ilícitos de fora do sistema prisional. Josileide já havia sido detida pelo assalto que subtraiu mais de R$ 1 milhão e joias, mas foi liberada provisoriamente e passou a ser foragida após descumprir as medidas cautelares impostas.
A defesa da advogada, representada por Lorraine Angela da Vitória Arcanjo, informou que irá recorrer da prisão, classificando-a como “desproporcional” e uma afronta às prerrogativas da advocacia. A defesa alega que a cliente sempre demonstrou interesse em colaborar com a Justiça e que a prisão viola o direito de cumprimento da pena em local compatível com a função.