Um novo e ambicioso projeto ferroviário no Espírito Santo, liderado pela Vale, deve gerar um pico de 4.920 empregos diretos nas obras. Trata-se do ramal da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM), que conectará Santa Leopoldina, na Região Serrana, ao Complexo de Ubu, em Anchieta, no Sul do estado. O projeto servirá como uma importante via para o escoamento de cargas e também se conectará à futura ferrovia EF-118, que ligará o Espírito Santo ao Rio de Janeiro, fortalecendo a infraestrutura logística regional.
Com um investimento total de R$ 7,43 bilhões, a fase de implantação do ramal está prevista para durar 50 meses, com início no primeiro semestre de 2028. A maior demanda de mão de obra ocorrerá durante a construção, com vagas para profissionais da construção civil, como motoristas, pedreiros, carpinteiros e operadores de máquinas, além de especialistas em montagem eletromecânica e soldadores. As contratações devem começar junto com a mobilização para as obras, no início de 2028.
O traçado de 99,3 quilômetros atravessará seis municípios e contará com obras de engenharia de grande porte. O destaque é a construção de um túnel de 715 metros em Viana, além de 15 pontes ferroviárias, 20 viadutos (entre rodoviários e ferroviários) e 44 passagens inferiores. Essas estruturas são projetadas para garantir a segurança da população e a fluidez do trânsito nas regiões cortadas pela nova linha férrea.
Após a conclusão das obras, prevista para 2033, o ramal terá capacidade para transportar até 15 milhões de toneladas anuais de cargas diversas, como grãos, combustíveis e minério de ferro. A operação prevê quatro viagens diárias, com composições de 172 vagões cada, circulando a uma velocidade média de 65 km/h. O projeto já teve seu Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima) apresentado ao Iema e aguarda as licenças necessárias para avançar.